No início de outubro de 1971, a formação que conhecemos como a clássica do Pink Floyd já estava estabelecida, o álbum “Meddle” estava prestes a ser lançado (31/10/71) e duas de suas canções “One of These Days” e “Echoes“, ambas assinadas pelos quatro integrantes, Gilmour, Mason, Waters e Wright, a segunda com a letra integralmente escrita por Roger Waters, se tornariam emblemáticas no âmbito do rock progressivo setentista.
Fora neste contexto que o diretor francês Adrian Maben trouxera a ideia de fazer um filme em parceria com emissoras de tv belga e francesa, onde o Pink Floyd faria um show sem público no local, somente para os telespectadores.
O local: um anfiteatro varrido pelas lavas à beira do Vulcão Vesúvio, nas ruínas na cidade de Pompeia, Itália.
E como ligar todos aqueles equipamentos nababescos da banda no meio do nada? Quilômetros de fios elétricos foram puxados desde a cidade mais próximos até o referido anfiteatro para viabilizar os trabalhos.
Em 2 de setembro de 1972, “Live at Pompeii” fora exibido e em 1974 o filme foi relançado com cenas adicionais filmadas nos estúdios Abbey Road de 1972, onde o Pink Floyd gravava o seu então vindouro e incomensurável álbum, “The Dark Side of the Moon“.
Em 2003, já na era do DVD, um novo corte do diretor fora incluído, trazendo imagens e entrevistas não mostradas anteriormente .
Com a realização deste filme, o Pink Floyd já deixava entrever a sua aptidão para a excentricidade e gigantismo, como se quaisquer pretensões pudessem ser colocadas em prática.
O rebuliço fora tão grande que começou-se a se falar à época em se levar bandas para tocar na Lua, lembrando que no final da década passada o homem pisara lá pela primeira vez.
Há quem diga que “Live at Pompeii” seja o vídeo mais louco que já se vira. Pode ser e pode não ser, mas uma coisa é certa: é impossível assisti-lo impassivelmente, sem ser afetado por ele, ficando indiferente.
Em 2016, 45 anos depois, o guitarrista floydiano David Gilmour retornara ao local, desta vez para realizar uma apresentação para um grande público presente. Sorte de quem viu.
Tracklist:
Filme para as TVs belga e francesa (1972):
- “Intro Song”
- “Echoes, Part 1” (do Meddle, 1971)
- “Careful with That Axe, Eugene” (Lado B do single “Point Me at the Sky”, 1968)
- “A Saucerful of Secrets” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “One of These Days” (do Meddle, 1971)
- “Set the Controls for the Heart of the Sun” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “Mademoiselle Nobs” (do Meddle, 1971)
- “Echoes, Part 2” (do Meddle, 1971)
Filme no Cinema e VHS (1974):
- “Intro Song”
- “Echoes, Part I” (do Meddle, 1971)
- “On the Run” (Arquivo de Estúdio) (do The Dark Side of the Moon, 1973)
- “Careful with That Axe, Eugene” (Lado B do single “Point Me at the Sky”, 1968)
- “A Saucerful of Secrets” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “Us and Them” (Arquivo de Estúdio) (do The Dark Side of the Moon, 1973)
- “One of These Days” (do Meddle, 1971)
- “Set the Controls for the Heart of the Sun” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “Brain Damage” (Arquivo de Estúdio) (do The Dark Side of the Moon, 1973)
- “Mademoiselle Nobs” (do Meddle, 1971)
- “Echoes, Part II” (do Meddle, 1971)
DVD – Versão do Diretor (2003)
- “Echoes, Part 1″/”On the Run” (Arquivo de Estúdio) (Não creditada) (doMeddle/The Dark Side of the Moon, 1971/1973)
- “Careful with That Axe, Eugene” (Lado B do single “Point Me at the Sky”, 1968)
- “A Saucerful of Secrets” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “Us and Them” (Arquivo de Estúdio) (do The Dark Side of the Moon, 1973)
- “One of These Days” (do Meddle, 1971)
- “Mademoiselle Nobs” (do Meddle, 1971)
- “Brain Damage” (Arquivo de Estúdio) (do The Dark Side of the Moon, 1973)
- “Set the Controls for the Heart of the Sun” (do A Saucerful of Secrets, 1968)
- “Echoes, Part 2” (do Meddle, 1971)