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Guitarrista clássico do Genesis compartilha opinião sobre King Crimson e fala por que recusou o mainstream

Tradução: Renato Azambuja.

Steve Hackett também cita a música da qual mais se orgulha.

Durante uma aparição na BBC Radio, o guitarrista clássico do Genesis, Steve Hackett, falou sobre rock progressivo, King Crimson, sua produção musical e muito mais.

Hackett deixou o Genesis em 1977 depois de gravar seis trabalhos de estúdio completos com os caras.

Quando o entrevistador disse:

Não havia realmente um modelo para construir o que se tornou o rock progressivo, além do Yes. Então houve essa explosão de bandas com Emerson Lake & Palmer, mas antes disso, eram apenas Deep Purple e King Crimson,” Steve respondeu (transcrito por UG):

Sim, você acertou na mosca. Eu uso essa frase complicada, ‘pan-gênero’,  cada estilo e todos os gêneros.

Obviamente, os Beatles, que conseguiram se reinventar, você ouvia algo no rádio como ‘I Am The Walrus‘ pela primeira vez, e eu me lembro de ter pensado: ‘Oh, parece ótimo, quem é?

Descobri depois que eram os Beatles, então os DJs fazem a sua parte com tudo isso, trazendo aquela música, mas que radical deles conseguir se reinventar a tal ponto. Acho que muito raramente isso acontece agora.

Parece que as bandas se fixam em seu estilo particular imediatamente para serem reconhecíveis. É quase como se estivéssemos em uma era pós-Fleetwood Mac, quando eles chegaram com aquele formato compacto.

Eles, que já foram uma banda de blues, de repente giraram 360 graus. Que extraordinário ser a quintessência da Califórnia ao mesmo tempo, ter esse ângulo de uma banda americana, e realmente funcionou…

Você nunca quis ser mainstream, não é mesmo?

Eu? Bem, não. Eu sempre achei que esse fosse o desafio, o que quer que os Beatles fizessem, o padrão estava estabelecido, e acho que você está completamente certo.

King Crimson, extremamente importante, porque eles vêm com algo que é como heavy metal jazz, e então parece passar por tudo isso, e tem as faixas épicas.

Então você tem três estilos distintos – jazz, coisas pop sofisticadas ao mesmo tempo, portanto, muito complicado.

Foi difícil de emplacar, eu acho, mas então eles tocaram nos parques, foi muito mais popular em casa e, novamente, reduziram tudo, para que pudesse seguir caminhos diferentes.

Eu acho que a maioria dos empresários diria, ‘Oh, fique com uma coisa, continue tocando a mesma música indefinidamente, com ritmos diferentes.’ Aí está, mantenha as coisas simples.

Qual é a peça da qual você mais se orgulha em termos de trabalho com a guitarra?

Bem, acho que dos álbuns do Genesis fiquei muito orgulhoso de ‘Dancing With the Moonlit Knight’, que foi a primeira faixa de ‘Selling England By the Pound’, porque todo mundo deu algo a ela.

É algo que começa com uma música escocesa – há o aspecto da música folclórica, que se torna uma espécie de Elgara com o toque de clarim para conclamar os cidadãos.

Mas então vira fusion, talvez antecipando o fusion e vai para coisas que são muito, muito complicadas, muito difíceis de tocar, muito Phil Collins, jazz, influência de Big Band com rock, com uma pitada de Mozart de Tony [Banks] com vozes no mellotron.

E nessa faixa, você tem toda essa mistura de estilos.

E uma guitarra muito rápida de você…

Sim, tem tapping e alguns saltos de oitava e sweep picking e técnicas que se tornaram parte do vocabulário para shredders modernos, mas é algo de 1973, então é praticamente 48 anos atrás, quase 50 anos atrás.

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