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The Beach Boys: A primeira vez que os Beach Boys demitiram Brian Wilson

Em 2012, as vibrações felizes em torno da turnê de 50 anos do Beach Boys evaporaram após relatos de que Mike Love havia dispensado Brian Wilson e Al Jardine do grupo. Mas esta não foi a primeira vez que Wilson e Jardine foram demitidos da banda: em 5 de novembro de 1982, Wilson ganhou as contas.

O início dos anos 80 não era exatamente um período ensolarado para os Beach Boys, para dizer o mínimo. Após um breve revival nos anos 70, suas harmonias incansavelmente ensolaradas caíram em desgraça nas paradas pop. Enquanto o álbum 15 Big Ones, de 1976, arrebatou o Top 10 da Billboard, os trabalhos subsequentes testemunharam os Boys assolados por um forte declínio comercial, com o M.I.U. Album, de 1978, e o L.A. (Light Album), de 1979, saindo-se particularmente miseráveis.

Enquanto suas vendas diminuíam, as relações entre os membros da banda continuavam tão complicadas como sempre, com lutas por tudo, desde a direção artística do grupo até as questões de certos membros com abuso de substâncias desviando o foco do negócio de simplesmente fazer música.

As bem divulgadas batalhas de Wilson com vício e instabilidade emocional há muito provaram ser uma pedra no caminho para os outros Beach Boys – a ponto de, quando chegou a hora de gravar Keepin ‘the Summer Alive, em 1980, os executivos da CBS exigirem que Wilson fosse encurralado de volta para a condição de membro em tempo integral.

Infelizmente, a condição física e mental de Wilson deteriorou-se já no início da década, embora a banda tenha conseguido juntar material digno de um álbum para a gravação de Summer, isso não ajudou muito a melhorar a sua saúde – ou solucionar os conflitos entre os Beach Boys.

A crise veio à tona em 1982, quando o irmão de Brian, Carl, pressionou os demais membros da banda para tentar uma intervenção junto a seu líder criativo de fato – uma tática que, em 5 de novembro de 1982, resultou na demissão de Brian do grupo que ele ajudou a fundar.

A divisão ocorreu durante uma reunião no escritório do advogado da banda, onde ele recebeu uma carta declarando, em parte:

Isto é para avisá-lo de que seus serviços como funcionário da Brother Records Inc. e outros estão encerrados, com efeito imediato. … Esta ação foi tomada em seu próprio interesse, e é irreversível. Desejamos-lhe recuperação plena.

Essa última sentença foi a chave: como Steven Gaines escreve em seu livro Heróis e Vilões: A Verdadeira História dos Beach Boys, a demissão de Wilson era parte de um elaborado estratagema planejado para tentar forçá-lo a mudar de vida. Depois de expulsá-lo da banda e tentar convencê-lo a acreditar que estava sem dinheiro, a equipe de Wilson o convenceu a voltar aos cuidados de Eugene Landy, o polêmico terapeuta que havia trabalhado com ele – e que foi demitido pela banda – em meados dos anos 70.

Infelizmente, enquanto as táticas de Landy acabaram estabilizando a conduta pública e a produção criativa de Wilson por vários anos, seu segundo período como terapeuta de Wilson acabou provocando outra onda de ações judiciais – e isso não resolveu as coisas com os Beach Boys, que sofreram com a morte trágica do baterista Dennis Wilson em 1983 e vagaram pela maior parte dos anos 80, mormente sem a participação de Brian, como um esporádico ato de registro ao vivo.

Traduzido pelo confrade Renato Azambuja

Via UCR

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