Uma das maiores e belas canções já feitas no universo da música e em particular no nicho do rock and roll, “Angie“, lançada como single pelos Stones em 20 de agosto de 1973 e que onze dias depois integraria o álbum “Goats Head Soup“, é notável e linda não somente pela melodia e letra, mais também por toda a contextualização mítica ou não que a envolve.

A maior das teses nos remete a 1969, quando o futuro casal Angela e David Bowie se conheceram num “Ménage a Trois” com o executivo Calvin Mark Lee.

Após casado ambos se declararam bissexuais e nesta época, Angela teria flagrado o então marido com o stone Mick Jagger em sua própria cama.

Tanto Jagger como David Bowie, negaram as alegações. Porém, Angela no início da década de 90 em entrevista à televisão e posteriormente seu livro biográfico, ratificou tal alegação e dissera que só não se pronunciou antes devido a uma cláusula no contrato de divórcio com David que a proibia de falar de assuntos relacionados à união de ambos por dez anos após a separação.

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A letra da canção fala nitidamente em mágoas, coração partido e denota um claro pedido de perdão, ainda que não oriundo do próprio marido, que mais lhe devia uma satisfação, e sim vinda de Mick Jagger, que ao negar o fato tanto do flagra como o de que “Angie” teria sido para esta ocasião, atribuiu a composição do refrão desta a Keith Richards, que teria escrito para sua filha que também se chamava Angela. O que não bate é que a filha de Richards nascera depois do lançamento da música em questão.

No final das contas, lendas ou não à parte, todos os envolvidos sairam ganhando e bem com “Angie“, um dos maiores sucessos dos Rolling Stones e uma bela história para rechear o livro muito bem-sucedido nas vendas da ex-senhora Bowie.