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Rock And Roll Hall of Fame corrige duas de suas n injustiças

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Para começar a semana quero comentar em algumas palavras a cerimõnia de indução ao Rock in Roll of Fame, em evento em Nova Iorque na última sexta-feira, 7.

Primeiramente parabenizando as normais induções de Journey e Pearl Jam, ícones do glam oitentista e grunge noventista respectivamente, ambos induzidos em seu merecido e devido tempo.

Veja vídeos do Pearl Jam na cerimônia AQUI e AQUI

Veja vídeo do Journey na cerimônia AQUI

Também destaco a óbvia e não mais que devida homenagem ao pai de todos, Chuck Berry, a cargo do também bem premiado Electric Light Orchestra, que executou “Roll Over Beethoven”.

Veja vídeos do E.L.O. na cerimônia AQUI e AQUI

A influente música Disco dos anos 70 fora certamente homenageada através da indução do guitarrista Nile Rodgers, da banda Chic.

Veja vídeo de Nile Rodgers na cerimônia AQUI

Mas o dual sentimento ao ver as induções antes tarde do que nunca de Joan Baez e Yes fora inevitável.

A primeira é tão relevante para a cultura folk-rock, que já deveria começar tendo sua placa no museu do rock desde que este inaugurou em abril de 1983, apesar de muita gente com menos de quarenta anos infelizmente mal conhecê-la.

“Estou ciente de que estou falando com muitos jovens que, sem essa indução essa noite, não teria idéia de quem eu sou. Minha neta não tinha idéia de quem eu era, até que eu a levei para o backstage em um show da Taylor Swift , onde ela fez uma selfie, pegou um autógrafo, uma camiseta e o respeito pela avó,” disse a agraciada.

Veja vídeos de Baez na cerimônia AQUI e AQUI
O segundo, completará 50 anos de história no ano que vem e já deveria estar na calçada da fama pelo menos desde a década de 90, mas como o próprio Rick Wakeman comentou, o RRHOF demonstrou ao longo dos anos muita má vontade com o rock progressivo, o que a princípio fez com que Wakeman nem quisesse comparecer à cerimônia da última sexta-feira.

E ainda bem que ele mudou de ideia e foi, pois protagonizou junto com seus colegas de Yes os momentos mais emocionantes da festa, a começar pelo seu discurso solto e jocoso, citando a boates de strip que seu pai o levara na juventude e o fato de estar idoso e sujeito a exames de próstata.

Wakeman também fez a diferença quando juntamente com o guitarrista Trevor Rabin, durante a exibição da canção “Owner of a Lonely Heart”, desceram do palco e foram tocar no meio do público, para a euforia completa e dúzias selfs afoitos.

A grande ausência do baixista fundador do Yes, Chris Squire foi bem lembrada e melhor ainda representada quando Geddy Lee, baixista do Rush que anunciou a indução do Yes ao lado de seu companheiro Alex Lifeson, tocou com eles “Roundabout”.

O Rock Progressivo sempre foi acusado por ser um segmento com músicos e fãs meio metidos à besta e dou razão, quem entrega a coisa bem feita tem mesmo que ter um certo nariz empinado.

E o guitarrista Steve Howe bem corroborou com isso ao citar em seu discurso:

“Nada pode tirar a resposta que recebemos de nossos fãs que obviamentetêm um ouvido diferente dos amantes de música em geral.”


Veja vídeos do Yes na cerimônia AQUI, AQUI e AQUI

Para fechar, espero que o Hall of Fame corra com seus reparos.

Lembrando que o requisito para a indução é ter lançado um trabalho consideravelmente relevante em 20 anos.

Logo, será que estarão esperando o baterista Carl Palmer, único membro vivo do Emerson, Lake and Palmer morrer para não terem quem homenagear numa indução do ELP?

O mesmo digo em relação a Ian Anderson, o homem do Jethro Tull, independentemente dele ter dito recentemente que não se importa com ser ou não induzido pelo museu, é deve deste fazê-lo, tamanho o legado deste grupo quase cinquentenário.

Kraftwerk, representantes-mor do kraut-rock e da música electro-cult, dessa vez chegou a bater na trave, sendo relacionado na lista de pré-indicados à indução. Eles já deveriam estar lá há pelo menos 25 anos.

Em relação às lendas já falecidas, o hall of fame conseguiu a péssima façanha de induzir o maestro Frank Zappa somente em 1995, dois anos após a sua morte. Ele é outro que já deveria ter sido homenageado há pelo menos dez anos antes, e ainda em vida.

O criador do Pink Floyd, Syd Barrett, também deveria estar lá não somente com o próprio grupo, induzido em 1996, mas individualmente, tal qual ocorrera com os quatro membros do Beatles, Lou Reed, etc.

Enfim, acho o Hall of Fame válido, uma espécie de Oscar e Grammy deste segmento específico da música, mas ainda segue bem incoerente e meio capenga em apontar a seu devido tempo os verdadeiros monstros sagrados.

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