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Música é assunto para a vida toda

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Revolver: Homenagem aos Beatles em prosódia Beat, por um poeta obscuro, espanhol judeu radicado nos EUA, Juan ‘Abe’ A. Mozart

…e da primeira vez em que o Dark Horse – George Harrison – largava em primeiro com “Taxman“, acompanhado de perto pela dupla favorita, Lennon & McCartney, observado à distância por Brian Wilson, que abrira uma larga vantagem com “Pet Sounds“, mas não por muito tempo,

50 anos do álbum que anteciparia a última valsa, o concerto em Candlestick Park, e várias outras guinadas corajosas que marcariam a maturidade, a segunda metade, a fase perigosa, do ‘nós-somos-mais-famosos-que-Cristo’, do som encorpado, amplificado e microfonado pelo ousado Geoff Emerick,

50 anos do anúncio da morte de “Eleanor Rigby“, que seria deserdada se adotasse o nome do marido, Thomas Woods, e do amado esposo de Martha, John ‘Father’ McKenzie, que escrevia sermões pra ninguém, todas essas pessoas solitárias em seus jazigos apertados em Woolton, de onde poderiam (ir-e-) vir senão do inconsciente?

da capa de álbum ganhadora do Grammy de ’66, concebida pelo artista-plástico-barra-baixista Klaus Voorman, sucedido pelo artista-plástico-barra-baixista Stuart Sutcliffe no coração de Astrid Kirchherr, notoriamente conhecida por gostar de artistas-plásticos-barra-baixistas e também pelos penteados de rockstars,

50 anos de tantas revoluções – dextrógiras e levógiras – de vocais acelerados,

I turn around, it’s past

quando havia tempo o suficiente, no espaço de 45 minutos, para discutir (Cry For No One) e se reconciliar (Here, There & Everywhere),

de solos de guitarra começando pelo fim, mas também de desacelerar e olhar pra si mesmo,

Everybody seems to think I’m lazy
I don’t mind, I think they’re crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find there’s no need (There’s no need)

em que Lennon zombaria do cristianismo, e queria soar como o Dalai Lama no pico do Himalaia, inspirado na Experiência Psicodélica de Leary, inspirada no Livro Tibetano dos Mortos, confortando os mortos em sua transição através de alto-falantes ‘Leslie‘,

I know what it’s like to be dead

guiando os exploradores da mente em sua passagem pelos portões do inconsciente, evitando os efeitos das ‘bad trips’

I know what it is to be sad

Johnny fortalecendo o ego dos Fab Four, na tomada do poder em sua escalada ao ‘Toppermost of The Poppermost‘,

De agora em diante, esse é o nosso som. Ou será assim ou não será de jeito nenhum” – Paul McCartney

Nota do editor: Juan ‘Abe’ A. Mozart é um anagrama para “Renato Azambuja, o nosso surreal e insubstituível confrade “Dali”, autor desse texto em 2016 à ocasião do cinquentenário do álbum “Revolver“.

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