Prestes a dar o pontapé inicial em sua grandiosa turnê “Vento Norte”, dia 19 próximo em Sampa, Raimundo Fagner, um dos maiores ícones da música nordestina que ganhou o Brasil, para mim, o Roger Waters do agreste, por suas letras fortes e rascantes do início da carreira, falou ao jornal Destak sobre o momento atual, a carreira, preconceito e até mesmo a política nacional, enaltecendo as ações do juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato.
Leia abaixo alguns trechos:
O que seu público pode esperar dessa apresentação?
Um repertório de grandes sucessos, um artista renovado e uma noite agradável. A proposta principal é reviver toda a minha história como artista. Quero causar nostalgia em mim e nos meus fãs.
Qual foi a principal diferença que você notou no seu público e no mercado da música durante esses anos?
A internet foi a maior diferença. Hoje, para um trabalho seu ganhar visibilidade, basta você soltar em uma rede social e todos terão acesso. Mas o que mais me deixa feliz é saber que nesse período meu público se renovou e se manteve fiel. Vejo minhas composições ganhando regravações em diversos estilos e isso prova que a minha arte independe de classes sociais ou gostos musicais. Sofri muito com o preconceito que tiveram comigo e com minha música. No final, sempre restará o melhor.
Que tipo de preconceito?
Costumam ter preconceito com quem vem do Nordeste, mas sempre quis atingir todo o Brasil, então foquei meu trabalho nisso. O preconceito é calado pelo talento. A gente se impõe mostrando a qualidade naquilo que desenvolvemos. Se teve preconceito comigo, ele foi ridicularizado, pois eu estava focado em fazer aquilo que eu tinha proposto, a arte.
Recentemente você divulgou um vídeo em que apresentava o trecho de uma música para o juiz Sérgio Moro. Como surgiu essa relação?
O que foi divulgado foi algo que comecei naquela tarde, resolvi mandar uma mensagem para ele. Da admiração que tinha pelo trabalho que ele vem desenvolvendo no Brasil, nasceu uma amizade, daí resolvi prestigiá-lo. Ele é um grande homem, e o trabalho dele está fazendo com que o Brasil comece a punir políticos corruptos que sempre ficaram impunes. Sérgio Moro vai marcar a nossa história.
Vários artistas se declararam a favor de novas eleições. Qual seu posicionamento?
Os políticos atuais são todos “farinha do mesmo saco”. Não precisamos de novas eleições e sim de uma renovação política. Por falta de renovação é que o Brasil não vai para frente. Não sou a favor do Temer, mas sim de um país tranquilo e renovado.
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