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Pink Floyd: Endless River – um trabalho, digno sim, de findar a marca

Depois de seis embates neste blog, onde os leitores iam escolhendo entre dois ou três álbuns do Pink Floyd, seguindo critérios de afinidades, eu e o confrade Renato Azambuja, vulgo Salvador Dali desta Confraria, concluímos que dois álbuns não teriam como concorrer com nenhum outro devido às suas características ímpares e incomparáveis.

Então combinamos de ao final dos embates postarmos um texto avulso sobre cada um deles e na semana passada o confrade Dali teceu o texto Ummagumma  – o álbum único

Agora disponibilizo abaixo meu texto que fora publicado no site Whiplash.net sobre o canto do cisne do Pink Floyd, o álbum “Endless River”, lançado em 2014.

Endless River – um trabalho, digno sim, de findar a marca

Para um disco feito à base de sobras de estúdio de outro álbum, o antecessor “The Division Bell“, este é um belíssimo trabalho de despedida e também homenagem póstuma ao tecladista Richard Wright, morto em 2008.

Ao melhor estilo da fase pós-wateriana, que considero a espaço-glacial da banda, este trabalho se inicia com aquelas já clássicas faixas introdutórias, que dão a noção da viagem que vem a seguir, trata-se de “Things Left Unsaid“, seguida de “It’s What We Do“.

O som espacial e progressivo, marcante do Pink Floyd fica estampado na quarta faixa em “Sum“, e como não me remeter à lembrança do filme “Live At Pompeii“, ao ouvir a bateria de Nick Mason e a guitarra distorcida de David Gilmour, na quinta música, “Skins“.

Anisina“, a sétima, me fez lembrar no seu começo da antológica “Us And Them“, de The Dark Side Of The Moon, com as bases de teclados inconfundíveis de Richard Wright e o sax de Dick Parry.

Que qualidade, que coisa gostosa de ouvir é a nona música, “On Noodle Street“, e a já divulgada “Allons-y (1)” e sua continuação “Allons-y (2)”, décima e décima segunda faixas, definitivamente nos traz de volta à atmosfera Division Bell.

Eis que a “voz” do gênio Stephen Hawking, pode ser novamente ouvida na ótima música repleta de solo de David Gilmour, “Talkin’ Hawkin”.

No segmento final do álbum temos a maestria de David Gilmour, esbanjando suas cordas em “Surfacing“, e, finalmente culminando num belo canto na única música vocalizada do disco, a belíssima “Louder Than Words“.

Conclusão:

Um disco feito da costela de outro, contendo uma sonoridade que remete o ouvinte não só à fase do disco de origem, mas também a momentos setentistas. Um trabalho, digno sim, de findar a marca Pink Floyd, com maestria, homenagem a Rick Wright, e uma capa que traduz o que ouviremos.

OUÇA AQUI

Tracklist:

1. Things Left Unsaid
2. It’s What We Do
3. Ebb and Flow
4. Sum
5. Skins
6. Unsung
7. Anisina
8. The Lost Art of Conversation
9. On Noodle Street
10. Night Light
11. Allons-y (1)
12. Autumn ’68
13. Allons-y (2)
14. Talkin’ Hawkin’
15. Calling
16. Eyes to Pearls
17. Surfacing
18. Louder Than Words


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ÁLBUNS VENCEDORES:

The Piper At Gates of Dawn
“Obscured By Clouds”
“Meddle”
 “The Division Bell”
“Animals”
“Wish You Were Here”.

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