Há pouco li uma notícia dizendo que a música de pop-rock mais tocada nas rádios nacionais é “Primeiro Amor” da banda Malta, egressa do programa global SuperStar.
Confesso que me deu tristeza.
Apesar do pop-rock ser um subgênero do estilo que desde a década de 50 sempre existiu, uma vez que Elvis, Beatles, The Mamas and The Papas, Simon & Garfunkel, Queen, Supertramp e Genesis, lá fora e Titãs, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Kid Abelha por aqui, apenas para citar alguns lá e cá, foram e/ou tiveram momentos pop na carreira, a linha da qualidade mínima se mantinha, ou seja, dá para ser acessível e ter boa qualidade.
Particularmente considero o termo pop-rock da forma que se tornou um verbete acovardado, remetendo o ouvinte e consumidor dessa música a um padrão de som distante do rock em essência.
Rock em essência?
Sim. O rock and roll é indubitavelmente o gênero musical que mais gerou afluentes. São sonoridades e velocidades mil, mas sempre preservando um ponto comum: a atmosfera agressiva e/ou pertubadora que caracteriza as pedras rolantes.
O elaborado e refinado rock progressivo, ou prog rock, tem sempre claros momentos de “pegada” mais firme e eletrizante.
Até mesmo as grandes canções e baladas de bandas clássicas, do hard, heavy, etc. têm arranjos e momentos mais apimentados.
O que cada vez mais se ouve no pop rock em geral são musiquinhas com acentuado sabor de jujuba e peso inversamente proporcional.
Com tudo isso, creio que seria melhor um divórcio dessas duas palavras, e que cada uma delas pop e rock sigam caminhos distintos pra lá do hífen.
E você, o que acha da “cena pop-rock” atual? Comente!