Sobre cantoras de diferentes estilos que entregam intensidade nas apresentações
É ótimo para uma boa música que ela seja tecnicamente bem feita, executada e no caso das canções vocalizadas, bem cantadas com apuro técnico.
Também é bem verdade que a emoção, a entrega, o feeling e o poder de dramaticamente conseguir vivenciar e externalizar toda a carga emotiva da canção simbolizam o “tempero” o molho que trazem o grande diferencial para o acabamento de um cativante número musical.
Despretensiosamente, longe de querer ser conclusivo, pois caberiam aqui inúmeros outros exemplos, a gosto do leitor deste blog e ouvinte de música, exemplificarei com 3 cantoras de estilos diferentes que ilustram bem o supracitado em suas obras, sendo duas já saudosas, Elis Regina, monstro sagrado da MPB, Janis Joplin, diva do blues-rock americano sessentista e a mexicana radicada na Holanda Marcela Bovio, uma das melhores cantoras de metal sinfônico, com canto lírico da atualidade.
Em termos de estilo musical, elas pouco ou nada têm em comum, contudo as três interseccionam num ponto: o feeling e poder de dramaticidade nas interpretações.
Elis Regina:
A pimentinha, como era conhecida a que para muitos e com justiça se tornara a maior cantora do Brasil, tinha enorme poder de versatilidade, indo de cantos jocosos e bem humorados, passando por vocais poderosos e estridentes, até o lamento profundo de canções tristes.
“Eu canto com a minha alma, com o meu corpo, com o meu sexo… Eu canto inteira!” Essa frase proferida por Janis chega a ser auto-explicativa e dispensa mais esclarecimentos.
Marcela Bovio:
Em entrevista à Confraria Floydstock, Marcela disse: “Eu sempre gostei de música que é muito dramática e emocional… (A inspiração vem) muitas vezes das coisas que estou passando, algumas vezes as coisas que as pessoas próximas de mim estão passando. Como eu disse, eu gosto muito de música com um conteúdo emocional pesado, então me concentro em temas onde posso retratar muitas emoções.
Cabem mais exemplos… Qual o seu?
