Em setembro de 2007, a banda neerlandesa de Symphonic Metal, Epica mostrava ao mundo “Divine Conspiracy”, o seu 3º álbum de estúdio, galgando ene patamares nas sua já ascente trajetória.
O trabalho apresenta a mistura característica da banda, de metal sinfônico e elementos progressivos, tanto nas guitarras pesadas, como nos arranjos orquestrais e vocais operísticos, marcando uma notável evolução no som do grupo, com uma abordagem mais focada e equilibrada em suas composições.
O álbum começa com a melódica e introdutória faixa “Indigo”, que funciona como prelúdio e dá o tom para o que está por vir, “The Obsessive Devotion”. A música apresenta uma combinação de riffs de guitarra agressivos e melódicos, elementos sinfônicos e os vocais crescentes da vocalista Simone Simons, combinando perfeitamente sua voz macia e/ou alta com os guturais de Mark Jensen e os elementos orquestrais e de metal em um som coeso e grandioso, que prende a atenção do ouvinte.
Como escrito acima, um notável destaque deste material é a performance vocal da vocalista Simone Simons, trazendo seus vocais operísticos que se elevam acima da música, entregando melodias emocionais e assombrosas que adicionam uma camada extra de profundidade às canções. O álbum apresenta algumas de suas melhores performances vocais, particularmente em faixas como “Chasing the Dragon” e “Never Enough”, onde seu alcance e controle são realmente impressionantes.
Relacionado:
Liricamente, “The Divine Conspiracy” explora temas de religião, espiritualidade e a condição humana. Aqui o Epica mergulha em assuntos profundos e instigantes, refletindo sobre as lutas e questões que surgem a partir desses temas. “Sancta Terra”, entoada em inglês e latim e a faixa-título do álbum, bem como o trabalho no geral, aprofundam o conceito de espiritualidade e a busca pela verdade, tratando da questão de que todas as religiões são na verdade uma só, embora canções como “Never Enough” e “Living a Lie” abordem lutas pessoais e sociais.
A produção é estelar, com todos os instrumentos e partes vocais perfeitamente equilibrados, contudo, costuma dividir os ouvintes. Enquanto alguns podem apreciar a produção polida e meticulosa, outros podem considerá-la um pouco superproduzida, resultando em um som ligeiramente estéril. No entanto, isso não diminui a qualidade geral das músicas e apresentações.
“The Divine Conspiracy” é um álbum notável que mostra o crescimento e maturidade do Epica como banda e a entrada desta num terreno mais sedimentado. Agora a banda de garotos holandeses e uma frontwoman já não era mais uma novidade após os 2 primeiros álbuns da carreira denotarem o seu valor. A partir daqui temos um grupo de symphonic metal já muito bem estabelecido e dizendo saber para onde rumar, através de arranjos sinfônicos poderosos, performances vocais impressionantes e letras instigantes, tornando o seu 3º trabalho um lançamento de destaque em sua discografia. Seja você um fã de metal sinfônico ou música progressiva, “The Divine Conspiracy” é um álbum para ser incansavelmente celebrado.
Tracklist:
- 1. Indigo – Prologue
I.
- 2. The Obsessive Devotion
- 3. Menace of Vanity
- 4. Chasing the Dragon
- 5. Never Enough
II.
- 6. La petach Chatat Rovetz (The Last Embrace)
- 7. Death of a Dream (The Embrace that Smothers – part VII)
- 8. Living a Lie (The Embrace that Smothers – part VIII)
- 9. Fools of Damnation (The Embrace that Smothers – part IX)
III.
- 10. Beyond Belief
- 11. Safeguard to Paradise
- 12. Sancta Terra
- 13. The Divine Conspirancy
A Banda:
- Simone Simons – vocais
- Mark Jansen – guitarra e guturais
- Ad Sluijter – guitarra
- Yves Huts – baixo
- Coen Janssen – teclados
- Ariën Van Weesenbeek – bateria
