Um dos principais expoentes do rap com levada pop – e um dos poucos que conseguem levar o gênero às listas de mais ouvidas -, ele critica a indústria na qual está inserido, uma fábrica de “mais do mesmo”:
“Há a música enquanto arte e enquanto indústria. A indústria é extremamente restrita, exclui muito da produção cultural do Brasil e faz com que a diversidade de um país como o nosso vá pelo ralo.“
A consequência disso, diz ele, é o que rádios e streaming estão quase dominados pelo sertanejo.
“Acho contraditório que a gente tenha trilhado um caminho com Jair Rodrigues, Elis, Tom, Pixinguinha, Pena Branca e Xavantinho, Racionais, Caetano, Gil, Tom Zé… e, de repente, chega um momento em que o Brasil inteiro é obrigado a escutar e aplaudir um único gênero”.
Qual o papel dos artistas para vencer esse monopólio?
“Pressionar o mainstream, para que a diversidade exista dentro do universo das FMs e a arte brasileira seja conhecida pela pluralidade“.