Na minha opinião, “13” é muito longe (mas muito mesmo!) de ser um álbum ruim, muito pelo contrário. É um trabalho que resgata a sonoridade dos primórdios da banda, porém com uma roupagem mais moderna (leia-se, produção limpinha e cristalina). Esse fato não me causa nenhum espanto e muito menos me incomoda, o que vale é a sonoridade e nesse ponto, Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Geezer Butler não decepcionaram.

Houve muita choradeira por causa da não participação do baterista Bill Ward, porém Bill nunca foi um integrante fixo, primordial ou daqueles “insubstituíveis”. No decorrer dos anos ele não esteve presente em diversos álbuns considerados clássicos por quase todo mundo. O núcleo principal está em “13” e a bolacha tem uma história interessantíssima que envolve o produtor Rick Rubin.

Reza a lenda que a banda levou algumas músicas até Rick e ele as rejeitou de imediato. Quando questionado pelos músicos rebateu com uma nova pergunta: “o que pensaram quando compuseram essas músicas?“. A resposta de Iommi e com total concordância dos demais foi: “pensamos em compor um bom disco de Heavy Metal“. Rubin então disse o seguinte: “quando compuseram o primeiro disco do Black Sabbath vocês pensavam em fazer Heavy Metal?“. Claro que não, o estilo nem existia ainda, a resposta foi “pensamos em compor um álbum de Blues/Rock“. E foi assim que Rick Rubin pediu para que só voltassem ao ao estúdio quando tivessem um disco de Blues/Rock em mãos.

Histórias à parte, nada nesse disco me incomoda, nem a produção, nem a ausência de Bill Ward e muito menos a qualidade das músicas. Gosto bastante de canções como “God Is Dead“, “Loner“, “Age Of Reason“, “Dear Father” e “End Of The Beginning“. Pra mim, um disco digno de todo o legado da banda e uma despedida honrosa!

Por Fabio Reis, do Mundo Metal

Tracklist:

1. ‘End of the Beginning’
2. ‘God Is Dead?’
3. ‘Loner’
4. ‘Zeitgeist’
5. ‘Age of Reason’
6. ‘Live Forever’
7. ‘Damaged Soul’
8. ‘Dear Father’

Deluxe Edition Tracks:

9. ‘Methademic’
10. ‘Peace of Mind’
11. ‘Pariah’