Hoje David Gilmour, eterno guitarrista floydiano completa mais um ano de idade e inspirado nessa data, ouvi pela enésima vez o seu ultimo álbum “Rattle That Lock“, lançado em setembro de 2015 e resolvi homenageá-lo com algumas palavras sobre quatro canções desse disco que para mim definem a essência musical e a aura em notas desse gênio das seis cordas.
Creio eu que o que faz um ouvinte gostar do som de David Gilmour é primariamente sentir aquele clima enebriante e envolvente que seu tocar traz aos ouvidos.
Traduzindo e ilustrando, começo pelas faixas de “Faces Of Stone” e “In Any Tongue“, músicas que contém todos os melhores componentes e adjetivos que se pode atribuir a David Gilmour: sua voz macia e aveludada, apesar do tempo estar deixando-a gradativamente rouca, seu canto sereno, ( no caso de “In Any Tongue” tudo fica ainda mais belo com um assobio inicial) clima instrumental-floydiano pairando, desembocando no que os fãs sempre esperam, o solo entorpecente em profusão, cativando em cada nota, especialmente quando ele chega nas mais altas e agudas, que se sequenciam sem a menor pressa (e para que?), remetendo o apreciador a uma espécie de transe, a famosa e popular “viagem”, termo tanto usado por fãs do Pink Floyd desde sempre. E isso tudo incrementado pelas belas letras da escritora e esposa, Polly Samson.
Faces of Stone – OUÇA AQUI
In A Tongue – OUÇA AQUI