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Com "Space Oddity", David Bowie chegara ao seu almejado "Estrelato Sideral"

Durante toda a década de 60, desde os seus tempos ainda como Davy Jones, o capricorniano David Bowie já buscava com todo o seu maior esforço possível, seu lugar de protagonismo na cena psicodélica daquela época.

A coisa não parecia nada fácil para o nosso David, que teve uma discreta recepção para o seu debut auto-intitulado de 1968 e ao final daquela década ainda não tinha chegado onde queria: o lugar mais alto nas paradas e no coração dos críticos e público.

Foi quando Bowie assistira a película de Stanley Kubrick, “2001: Uma Odisseia no Espaço” e ao ficar atonitamente maravilhado como todo aquele “…Jupiter & Além do Infinito…”, inspirou-se para escrever uma canção sobre um tal astronauta, o Major Tom, que ao ganhar o espaço sideral, questiona-se sobre a sua relevância, bem como a de toda a humanidade e resolve deliberadamente ejetar-se da cápsula espacial e vagar a esmo pelo Cósmos.

Lançada inicialmente como single no dia 11 de julho de 1969 (o álbum homônimo chegaria em novembro daquele ano), a canção “Space Oddity” surpreendentemente servira para sonorizar as transmissões da rede bretã BBC sobre a chegada da Apollo 11 na Lua, nove dias depois de seu lançamento.

A surpresa se devia ao fato do fato de na letra constar que Major Tom fica no espaço e não mais retorna ao nosso planeta.

Em entrevista  à Performing Songwriter, David Bowie comentara:

Na Inglaterra, sempre presumiram que essa música foi escrita sobre a chegada da humanidade à Lua, porque a música saiu quase simultaneamente, mas na verdade, não foi isso.
Eu escrevi porque fui assistir a 2001: Uma Odisseia no Espaço e achei maravilhoso. Eu estava meio fora de mim, fiquei muito chapado e então fui assisti-lo várias vezes seguidas. Foi uma revelação. Isso fez a música fluir.
Tenho certeza de que eles não estavam ouvindo a letra. Mas, claro, fiquei muito feliz que eles usaram a música.

Major Tom parece ter sido o primeiro da gama de alter egos que contribuíram para a fama de Camaleão do Rock de David Bowie, uma vez que o oficial espacial-desiludido-fugidio representava a busca pelo novo e desconhecido, além da inquietude constante com seu status atual, características interseccionais com as de seu próprio criador, que inclusive chegara a interpretá-lo no microfilme “Love You Till Tuesday” (1984).

Virou a década, passaram-se os anos, o mundo conhecera Ziggy Stardust, Thin White Duke e tantas outras personas de Bowie, talvez todas advindas do espectro do Major que redimensionou-se, até o fim, retornos com ene reinícios e finalmente sacramentando a sua extinção, como uma “Blackstar”.

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