Confraria Floydstock

Música é assunto para a vida toda

PUBLICIDADE

Apostrophe mostra as diferentes as faces do maestro Frank Zappa

Compartilhe

PUBLICIDADE


Com apenas oito anos de iniciação no mercado fonográfico,o maestro Frank Zappa, como gosto de chamá-lo, já lançava seu décimo-quarto álbum, o curto, todavia excelente “Apostrophe“.

O disco é a cara de Zappa. Digo isto pois ele apresenta uma característica das mas marcantes de Frank: a surpresa, a arte de indicar seguir por um caminho e nos remeter a outro.


Isso fica claro nas quatro primeiras canções do álbum, que nos insere a uma história, fazendo-nos pensar que estamos a ouvir um trabalho conceitual. Ledo engano.


Coisa de gênio. Em “Don’t Eat The Yellow Snow“, “Nanook Rubs It“, “St. Alphonzo’s Pancake Breakfast” e “Father O’Blivion“, temos mesmo uma histórinha embebida em bom humor zappiano e rebuscada pelo seu jazz fusion embluesado.


Essa parte reflete um sonho que o autor teve, em que nele era um esquimó chamado Nanook e sua mãe o alertava para não comer a never amarela, pois essa continha o mijo dos huskies siberianos. O grande barato da música que abre o disco é seu tempo ser quebrado, em 7/4.


Na curtinha, mas interessantíssima “St. Alphonzo’s Pancake Breakfast“, o grande destaque vai para o xilofone da percussionista Ruth Underwood.



Findada a historinha, eis que ouvimos uma das mais famosas canções da carreira de Zappa, a também lançada em single e largamente executada ao vivo, “Cosmik Debris“, marcante pelas vozes femininas e o fusion requintado por efeitos percussivos.

Mais adiante chegamos à faixa-título, uma parceria com o baixista do Cream, Jack Bruce, que dá o seu ar da graça na gravação. Uma verdadeira aula de música instrumental e sobretudo de distorções, enorme categoria do maestro.


Podemos pensar que “Apostrophe” é o auge do trabalho, mas este ainda nos reserva duas maravilhas: o blues repleto de groove jazzístico “Uncle Remus“, canção anti-racismo, que conta com o piano introdutório do grande George Duke; e um final tipicamente zappiano, com uma canção sobre o chulé e outras coisas as quais apenas artistas desse naipe poderiam retratar numa música, música está com excelente levada de blues e show percussivo.

Concluindo: um primor!


Salve maestro!


E como diria (ou bradaria) John Lennon:

“ZAPPAAA!”

PARA COMPRAR: CD LP

Eis o tracklist:

1. Don’t Eat The Yellow Snow
2. Nanook Rubs It
3. St. Alphonzo’s Pancake Breakfast
4. Father O’Blivion
5. Cosmik Debris
6. Excentrifugal Forz
7. Apostrophe
8. Uncle Remus
9. Stink-Foot.


A banda:

Frank Zappa – voz, guitarra, baixo e bouzouki
Lynn – voz, backing vocals
Kerry McNabb – backing vocals
Ian Underwood – saxofone
Ruth Underwood – percussão
Sal Marquez – trompete
Sue Glover – backing vocals
Jim Gordon – bateria
Aynsley Dunbar – bateria
Tom Fowler – baixo
Napoleon Murphy Brock – saxofone, backing vocals
Robert “Frog” Camarena – voz, backing vocals
Ruben Ladron de Guevara – voz, backing vocals
Debbie – voz, backing vocals
Tony Duran – guitarra
Erroneous – baixo
Johnny Guerin – bateria
Don “Sugarcane” Harris – violino
Ralph Humphrey – bateria
Jack Bruce – baixo em “Apostrophe”
George Duke – teclado, backing vocals
Bruce Fowler – trombone
Jean-Luc Ponty – violino

PUBLICIDADE

Assuntos
Compartilhe

Veja também...

PUBLICIDADE