Confraria Floydstock

Música é assunto para a vida toda

PUBLICIDADE

AC/DC: após uma trinca de álbuns platinados, “Flick Of The Switch” navegou em águas já seguras

Após a trinca dos aclamados álbuns que fizeram a transição entre as fases dos vocalistas Bon Scott e Brian Johnson no AC/DC, “Highway To Hell”, “Back In Black” e “For Those About To Rock”, a banda australiana conseguira se firmar nas alturas do sucesso entre as bandas de rock do momento.

Porém, navegar era preciso, ou melhor, gravar era necessário para levar a carreira adiante.

Livres da pressão da transição e da aceitação, os irmãos Young e cia. resolveram mergulhar num mar de simplicidade, tomando por base é claro, a fórmula que dera certo nos dois primeiros álbuns da fase Johnson, só que soando menos audacioso.

Assim nascera em 15 de agosto de 1983 o nono full-lenght do AC/DC, o pálido (somente na capa) “Flick Of The Switch”.

Capa esta inclusive que já denotava uma característica singela, sendo predominantemente branca com os rabiscos de Angus Young desenhados a lápis.

Só que toda a alva atmosfera do disco se encerra na capa. “Flick Of The Switch” é mais um ótimo álbum pulsante e vigoroso, municiado pela indefectível fórmula “acdiciana” de fazer tudo dar certo:
riffs e refrões pegajosos e aquele hard-heavy de festa, que quando todos estão sucumbindo ao sono, basta rolar o AC/DC, que os festejos imediatamente renovam o fôlego.

Ok, a discussão sobre “todo álbum do AC/DC passou a ser a mesma coisa (provavelmente a partir deste)” é tão óbvia e tola quanto discutir quem era o guitarrista mais virtuoso, se George Harrison ou Eric Clapton.

Ou seja, é claro que os álbuns são no mínimo parecidos, pois esta é a fórmula do grupo e assim deve ser mesmo, sempre, ao melhor estilo “time que está ganhando não se mexe”.

O AC/DC teve de fato duas sonoridades: a primeira, mais voltada ao blues-rock que morrera juntamte com o saudoso frontman Bon Scott e a hard-heavy que viera depois com seu substituto Brian Johnson,

Pois bem, voltemos ao “Flick Of The Switch”.

A faixa inicial “Rising Power” é uma senhora pedrada vigorosa e lenta da banda, a “Back In Black” deste trabalho. Canção de potencial para reanimar o humor, como seu título sugere.

A faixa-título é acelerada e empolgante, obviamente com refrão chiclete para fazer todos cantarem em uníssono.

E para fechar as canções em destaque, vale lembrar a endiabrada e ótima “Bedlam in Belgium“, outra com o tom “lá em cima”, abusando de entregar um vibrante rock and roll.

Quanto à banda, Brian Johnson canta completamente à vontade para irromper o ar com seus berros rascantes, Malcolm Young sempre feliz na criação dos riffs certeiros e Angus Young proporcionando o deleite nos tão aguardados momentos dos solos.

Quanto à produção, o grupo deixara para trás o produtor Mutt Lange, responsável pelos álbuns grandiosos anteriores, e resolveu se auto-produzir.

A coisa só não estava mesmo muito boa à época entre o baterista Phil Rudd e o guitarris Malcolm Young que entraram em vários pés de guerra, a maioria deles embebidos em álcool.
Sobrou para o lado mais fraco e Phil Rudd deixou a banda após deixar suas partes todas prontas.

Simon Wright assumiu as baquetas para alguns dos videoclipes do álbum e shows subsequentes, sendo as duas últimas apresentações dessa turnê realizadas nos dias 15 e 19 de janeiro de 1985, ou seja, na primeira edição do Rock In Rio.

 “Flick Of The Switch” alcançara o 4º posto na parada bretã e o 15º na norte-americana, mas não se importe muito que ele não tenha chegado ao topo em tais paradas. Sem pompa, glamour ou alavanca da crítica daqueles tempos, o nono álbum de estúdio do AC/DC é mais um ótimo capítulo da história de sucesso da maior banda australiana de rock e uma das maiores de Rock-Arena do planeta.

Tracklist:

1. Rising Power (Young / Young / Johnson)
2. This House Is On Fire (Young / Young / Johnson)
3. Flick Of The Switch (Young / Young / Johnson)
4. Nervous Shakedown (Young / Young / Johnson)
5. Landslide (Young / Young / Johnson)
6. Guns For Hire (Young / Young / Johnson)
7. Deep In The Hole (Young / Young / Johnson)
8. Bedlam In Belgium (Young / Young / Johnson)
9. Badlands (Young / Young / Johnson)
10. Brain Shake (Young / Young / Johnson)

A Banda:

Angus Young: guitarra
Brian Johnson: voz
Cliff Williams: baixo e backing vocal
Malcolm Young: guitarra rítmica e backing vocal
Phil Rudd: bateria

PUBLICIDADE

Assuntos
Compartilhe

Comentários...

Deixe uma resposta

Veja também...

PUBLICIDADE