Música é assunto para a vida toda

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Os 35 melhores álbuns de rock e metal de 2025, segundo a Confraria Floydstock

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Mais uma das nossas tradicionais listas com os melhores lançamentos anuais de estúdio do ano, de acordo com nossos confrades

Tal como manda a tradição do site Confraria Floydstock, mais uma vez apresentamos a nossa lista anual, que traz álbuns internacionais (e por vezes nacionais) de estúdio, compostos apenas por canções inéditas (ou seja, não vale coletâneas e nem registros ao vivo).



A novidade é que neste ano acrescentamos 10 discos a mais que os habituais 25, resultando numa lista de 35 discos de estúdio, todos lançados em 2025.


A lista deste ano tem apenas 3 autores. Este que voz escreve, dono do site e dois de meus colegas e confrades, que me ajudam a tocar e a pensar a Confraria Floydstock: os confrades Sérgio Motta e Vinício Meirinho.

Assim como tem sido feito desde de 2022, a lista será apresentada com os melhores álbuns escolhidos dispostos cronológicamente por mês.

Os álbuns que estiverem com link, significa que há matéria e/ou resenha relacionadas a eles aqui na Confraria, basta clicar e conferir.



Ao final da lista, disponibilizamos uma playlist no Spotify, contendo todas as canções dos trinta e cinco álbuns selecionados. São 296 canções em mais de 24 horas. Exceção feita aos álbuns ARTNAT – “ARTNAT TWO” E Lady Z – “One Woman Army“, ainda não disponíveis no Spotify, mas já encontrados no Bandcamp e youtube, nos links respectivos. Pois bem, vamos a uma bela parte do universo do rock e metal que a Confraria Floydstock entende por música repleta de qualidade.

PORQUE MÚSICA É ASSUNTO PARA A VIDA TODA!

Enfim, eis os melhores álbuns de 2025, para a Confraria Floydstock

Janeiro

Limite Acque Sicure – “Un’Altra Mano Di Carte

Segundo álbum produzido pelo talentoso sexteto italiano oriundo da cidade de Ferrara, cuja proposta musical em muitos momentos remete aos idos anos 70, mas sem deixar de conectar-se com o que há de melhor na modernidade empregada por músicos jovens altamente qualificados. Assim como o álbum de estreia, este também tem gerado inúmeros elogios entre os aficionados da música progressiva em todo o mundo, e não é para menos, pois as composições além de ricas nos detalhes, elas também expressam emoção e uma técnica muito apurada no que tange ao notável instrumental que permeia à obra do início ao fim.



The LAB Experience – “The LAB Experience

The Lab Experience é um projeto musical liderado pelo talentoso multi-instrumentista carioca, LUIZ ALVIM (SLEEPWALKER SUN, SEQUAZ, SWAPPERS ELEVEN), que com a colaboração de amigos/músicos, trouxe à luz seu trabalho solo o qual devido outros compromissos também na esfera musical, ele o tardou a conclui-lo.  Nesta obra de sonoridade dinâmica, ora enérgica e bombástica, Alvim e seus convidados exploram de forma brilhante os meandros da música progressiva com foco bem aguçado no Jazz/rock/fusion sob um instrumental de tirar o fôlego. Alvim em nenhum instante deixa barato sua atuação nos belos teclados Hammond e tampouco nos sintetizadores. E embora ele seja o autor da obra, há espaços muito generosos para que todos os músicos possam brilhar.  Não é à toa que este álbum tem recebido inúmeros elogios no Brasil e no exterior.

Fevereiro

Jinjer – “Duél

Com uma mistura técnica de grooves e passagens progressivas pesadas, acompanhadas dos vocais brutais e habilidosos guturais de Shmayluk, o Jinjer continua a impressionar, alcançando milhões de streams e visualizações ao redor do mundo. A banda, que já tem uma carreira consolidada com lançamentos de grande sucesso, como o álbum Wallflowers (2021), volta com ‘Duél‘, mostrando que está no auge de sua criatividade.



Em Duél, o tom se torna mais agressivo, como é possível ouvir em faixas como “Rogue”, “Green Serpent” e “Dark Bile”, que apresentam breakdowns brutais. Porém, os fãs dos vocais claros de Tatiana também têm seu espaço, especialmente em “Tantrum”, a faixa de abertura do álbum. A agressividade de Duél é evidente, e Jinjer demonstra mais uma vez sua habilidade de quebrar fronteiras dentro do metal.

Nuova Era – “20.000 Leghe sotto i mari

Nove anos após o lançamento do último álbum, a banda Nuova Era, sob a liderança do veterano tecladista Valter Pini traz aos seus fãs, ”20.000 Leghes Sotto I Mare”. O álbum abrange uma adaptação da aventura de Julio Verne escrita em 1870 sob o título ”Vinte Mil Léguas Submarinas”. A obra em si consiste de uma suite com seus quase 37 minutos de duração, além de um belíssimo bônus de 16 minutos, mantendo fielmente a excelente qualidade e tradição do já consagrado progressivo italiano. Acredito que será impossível o ouvinte não embarcar nessa aventura verdadeiramente contagiante ao som do novo trabalho da excelente banda, Nuova Era.

Lacuna Coil – “Sleepless Empire



A banda italiana de gothic metal Lacuna Coil, da frontwoman Cristina Scabbia, voltou em 2025 com o seu 10º
 álbum de estúdio, “Sleepless Empire”, via Century Media Records. O trabalho sucedera “Black Anima” (2019). O álbum apresenta 11 faixas que se destacam por uma mistura de elementos de gothic metal, metal alternativo e toques de rock progressivo, apresentando letras introspectivas e reflexivas e abordando temas como a luta interna e a busca por conexão em um mundo caótico.

Cammie Beverly – “House of Grief

Cammie Beverly, a carismática vocalista da banda Oceans of Slumber, embarcara em uma nova empreitada musical com o lançamento de seu primeiro álbum solo, “House of Grief“. O álbum marca uma mudança de direção para a artista, conhecida por sua voz poderosa e expressiva, que agora explora os territórios sombrios e melancólicos do Southern Gothic e do Dark Americana.

A faixa-título, “House of Grief“, abre o álbum com uma atmosfera envolvente, enquanto outras canções como “Paraffin“, “Running” e “Kiss of the Moon” exploram temas como perda, redenção e a complexidade das emoções humanas. A canção “Paraffin“, lançada como single em 17 de janeiro, é um exemplo perfeito da narrativa poderosa de Cammie, abordando a hipocrisia e a vingança em uma história catártica sobre a queda de falsos ídolos.



Dream Theater – “Parasomnia

O Dream Theater retornara com seu décimo sexto álbum, marcando o reencontro com o baterista original Mike Portnoy em estúdio pela primeira vez desde 2009. ‘Parasomnia’ sucede o aclamado “A View From The Top Of The World” (2021), que rendeu à banda o Grammy de Melhor Performance de Metal. O álbum combina passagens técnicas, atmosferas cinematográficas e temas líricos inspirados pelo imaginário dos sonhos e pesadelos. As composições fluem entre seções intensas, melodias expansivas e virtuosismo instrumental que consolidam a banda como uma referência contínua no metal progressivo.

Março

ARTNAT – “ARTNAT 2

Fundado por Manuel Cardoso, líder da icônica banda portuguesa Tantra, o ARTNAT é um projeto de rock progressivo que une paisagens musicais impressionantes a atmosferas experimentais. Com uma proposta de “Art Prog” do século XXI, o grupo mantém a essência do Tantra, mas adiciona uma identidade moderna e pessoal, destacada pela condução de uma voz feminina sobre um som instrumental poderoso e original.



A trajetória da banda consolidou-se com o lançamento de The Mirror Effect em 2021, seguido pelo ambicioso álbum duplo ARTNAT Two em 2025. A formação atual, que preserva Cardoso e Gui da Luz da fase anterior, conta com novos integrantes e colaborações especiais de músicos convidados. Essa evolução reflete um som que transita entre o clássico e o novo, utilizando instrumentos que vão do sintetizador analógico ao violino e congas.

O trabalho mais recente, ARTNAT Two, é uma obra conceitual dividida em dois discos: o primeiro explora vidas alternativas de um protagonista que acorda em corpos diferentes, enquanto o segundo é inteiramente instrumental, focado em viagens trans-universais. Com letras em inglês e português, o grupo entrega um prog audacioso e peculiar, repleto de ideias aventureiras que fogem do lugar comum.

Spiritbox – “Tsunami Sea

O aguardado segundo álbum de estúdio do Spiritbox, Tsunami Sea, marcara um novo capítulo na trajetória da banda canadense de metal moderno. O som veio com uma onda de riffs pesados, eletrônica experimental e a poderosa voz de Courtney LaPlante.



Após o sucesso do EP ‘The Fear of Fear‘ (2023), indicado ao Grammy em múltiplas categorias, o Spiritbox retornou com um trabalho que consolida sua mistura única de djent e elementos pop. Produzido pelo guitarrista Mike Stringer e pelo colaborador Dan Braunstein, ‘Tsunami Sea’ trouxe faixas já eram conhecidas do público, como “Soft Spine“, “Perfect Soul” e “No Loss“, “No Love“, além de novas surpresas que exploraram a versatilidade sonora da banda.

Jethro Tull – “Curious Ruminant

Os gigantes do prog, Jethro Tull lançaram neste ano o seu mais novo álbum, ‘Curious Ruminant’ o 24º disco de estúdio do grupo, que trouxera nove faixas inéditas, as quais variam de dois minutos e meio a quase 17 minutos de duração. O projeto dá continuidade ao ritmo produtivo da banda, que lançou dois álbuns consecutivos em 2022 e 2023.

Liricamente, o álbum apresenta uma abordagem mais pessoal do que os trabalhos anteriores da banda, intercalando as observações sociais típicas de Anderson com momentos mais introspectivos. Musicalmente, o álbum traz solos e melodias de flauta marcantes, além de uma variedade de instrumentos como acordeão, bandolim, guitarras acústicas e tenor, remetendo à herança do Jethro Tull nos anos 70.



Karfagen – ‘‘Omni

Vigésimo primeiro álbum de estúdio da icônica banda ucraniana a qual traz o talentoso e profícuo multi-instrumentista, Antony Kalugin na direção dos trabalhos. ”Omni” é uma obra sinfônica cuja qualidade é incontestável, a qual consiste de duas longas suites que ultrapassam os 20 minutos de duração, parecendo celebrar a elegância e a grandiosidade da música progressiva quando executada com tamanha maestria. A obra contempla alguns convidados bem conhecidos do cenário progressivo, como John Hackett, Richard Sinclair, Jean Pageau, Michel St-Pere entre outros.

Malabriega – ”Frippada Andaluza

Segundo álbum produzido pelo excelente quinteto espanhol, de Sevilha, o qual ainda segue gerando muitos comentários bastante positivos nas comunidades dedicadas à música progressiva. Embora o álbum de estreia tenha recebido muitos elegios de forma meritória, a banda aqui parece trazer uma obra ainda mais abrangente, buscando exibir ao mundo às riquezas da cultura musical de seu país mescladas ao progressivo, ao jazz entre outras tendências as quais tornam ”Frippada Andaluza” numa obra realmente admirável.



Dorothy – “The Way

Dorothy Martin, vocalista da banda DOROTHY, nos brndou em 2025 com seu quarto álbum de estúdio, “The Way“. O disco traz uma mistura potente de hard rock e influências country, com participação especial do lendário guitarrista Slash na faixa “Tombstone Town”.

Dorothy descreve o álbum como uma jornada poderosa, feita para ser ouvida do início ao fim. Com letras cheias de paixão e fé, “The Way” consolida a artista como uma das vozes mais impactantes do rock atual.

IQ – “Dominion



Décimo terceiro álbum de estúdio desta icônica banda britânica cujo nome já é sinônimo de qualidade. O novo álbum intitulado ”Dominion” é seis anos mais jovem que a última obra do talentoso quinteto, e eu acredito que todos os fãs mantém a mesma opinião do quanto valeu a pena esperar por este belíssimo álbum o qual traz todas às características marcantes da banda, sejam elas no que tangem aos notáveis instrumentais, assim como às vocalizações sempre precisas e excepcionais do veterano, Peter Nicholls. Este é um álbum para ouvir e apreciá-lo do início ao fim com total atenção.

Arch Enemy – “Blood Dynasty

A banda sueca de melodic death metal Arch Enemy, lançou no final do 1º trimestre de 2025, o seu novo trabalho, ‘Blood Dynasty’, sucessor de “Deceivers” (2023).

Este fora o 1º  álbum da banda trazendo Joey Concepcion as 6 cordas, substituindo Jeff Loomis, que havia deixado a banda há menos de um ano.



O que então não se sabia, tornando-o digno de nota, é que este seria o álbum de despedida da frontwoman Alissa White-Gluz ao microfone da banda. A cantora canadense-azulada deixara os rapazes suecos há pouco mais de um mês.

Abril

Solstice – “Clann

Oitavo álbum produzido por esta ótima banda formada em 1980 e sempre trazendo o talentoso guitarrista, Andy Glass à frente dos trabalhos. Este ábum reflete o final de uma trilogia a qual teve início em 2020 com o álbum ”Sia”, em 2022 com o álbum ”Light Up”, e agora finalizando com o álbum ”Clann”. A proposta musical da banda abarca uma sonoridade sinfônica com ingredientes da cultura celta, resultando em belas composições as quais parecem tocar muito facilmente na sensibilidade do ouvinte, inclusive transportando-o à lindas esferas oníricas.

Epica – “Aspiral



Epica, ícone do metal sinfônico, lançou em abril o álbum “Aspiral” , seu nono disco de estúdio. O trabalho chegara com 11 faixas que redefiniram o som da banda.

A banda comparou o processo criativo a uma espiral: destruir padrões para reinventar-se. Em “Aspiral” , a banda adotou um novo método: retiros em locais isolados e gravações ao vivo no estúdio.

Mark Jansen, citando o mantra “para criar, é preciso destruir”: “Foi preciso destruir o ego para criar coletivamente.

O trabalho, produzido por Joost van den Broek, trouxe um som mais direto, sem deixar de lado os vocais operísticos, coralísticos, harmonias sinfônicas e riffs marcantes.

Ghost – “Skeletá

O sexto álbum do Ghost foi eleito Álbum do Ano por importantes publicações de metal. Nele, a banda investe em uma sonoridade que une rock teatral, elementos sinfônicos e metálicos, além de letras introspectivas sobre existencialismo, amor e perda, solidificando sua estética única no cenário do metal moderno.

O material é o primeiro a trazer o seu novo líder espiritual, o Papa V Perpetua, vivido pelo frontman Tobias Forge.

Maio

Soft Ffog – “Focus

Quarteto norueguês muito talentoso que após ter produzido um belo e aclamado álbum em 2022, em 2025 retorna ao cenário musical de forma muito elogiosa em virtude do novo álbum intitulado ”Focus”, o qual abunda em beleza, virtuosidade e total maestria, propondo uma sonoridade jazzística alegre, dinâmica, muito cativante e com ótimos improvisos no decorrer da audição.

Este álbum supostamente fará o ouvinte recordar em alguns momentos dos memoráveis trabalhos musicais produzidos em Canterbury.

UltraNova – “O Eremita

Interessante que o belo álbum ”O Eremita”, produzido em maio de 2025 pela talentosa banda de progressivo sinfônico de Belém do Pará mal havia chegado ao conhecimento dos público à época, e ele já ganhava status de um dos melhores álbuns do ano. Agora isso se confirma.

Pois bem, todos os ouvintes e colecionadores que se encantaram com a sonoridade do novo álbum e apostaram no sucesso do mesmo, agora têm mais uma razão para celebrar devido à informação de que o processo para lançamento da obra em mídia física encontra-se em andamento.

Tom Penaguin – ”Beginnings”

Dedois de produzir um lindo álbum em 2024, o qual gerou inúmeros elogios entre os apreciadores da música progressiva, o talentoso multi-instrumentista francês, Tom Penaguin nos brinda em 2025 com outro belíssimo álbum intitulado ”Beginnings” cujo objetivo parece ser o de resgatar uma rica sonoridade que ficou lá atrás nos idos anos 70, e que em muitos momentos ela retorna à lembrança dos ouvintes que tiveram o prazer de desfrutar daquela década verdadeiramente mágica para os consumidores de música.

O novo álbum traz sete músicas, algumas até extensas, as quais foram compostas entre 2012 e 2020. A proposta musical do monsieur Penaguin abrange uma linha progressiva excepcional, com ótimos ingredientes jazzísticos que permeiam nitidamente os caminhos trilhados por ótimas bandas e músicos do tão admirado cenário canterburiano. Portanto, não será impossível o ouvinte em algum momento trazer à sua lembrança nomes como, NATIONAL HEALTH, GONG, KHAN, EGG entre outros ícones do progressivo setentista.

Junho

Neil Young – “Talkin’ to the Trees

No meio deste ano, Neil Young lançou oficialmente seu 48º álbum de estúdio, Talkin’ to the Trees, acompanhado por sua nova banda, a Chrome Hearts. O grupo é formado por colaboradores antigos do artista, incluindo o veterano tecladista Spooner Oldham e os integrantes do Promise of the Real, Micah Nelson (guitarra) e Corey McCormick (baixo).

O trabalho deixa entrever o forte engajamento ambiental de Young. Com atmosferas que lembram “Helpless” e letras críticas, abordam desde a conexão com a natureza até ataques à indústria destruidora do clima.

O álbum também rende uma coincidente homenagem a Brian Wilson (que perdemos em junho), tanto em sonoridade quanto em espírito, consolidando Talkin’ to the Trees como mais um capítulo relevante na extensa e incansável discografia de Young.

Diego Petrini – “La Materia del Suono

Diego Petrini, multi-instrumentista e fundador da banda Il Bacio della Medusa, apresenta seu primeiro álbum solo, “La Materia del Suono”. O trabalho é fruto de um longo processo criativo, resultando em uma explosão de gêneros que define a essência do rock progressivo. Com uma sonoridade rica e inventiva, o músico de Perugia demonstra maturidade ao organizar materiais acumulados ao longo de sua trajetória.

O álbum é predominantemente instrumental e conceitual, tendo o piano como protagonista sob uma base rítmica de jazz. A obra funde influências de música clássica, folclore e rock, utilizando sintetizadores e instrumentos vintage para evocar o progressivo setentista e escandinavo. Para alcançar essa complexidade, Petrini conta com o apoio de músicos convidados, incluindo Eva Morelli nos sopros, transformando o pequeno grupo em uma verdadeira “orquestra”.

A única exceção instrumental ocorre na faixa de encerramento, que conta com a voz de Alvaro Fella (da banda Jumbo). A letra traz uma reflexão filosófica e existencial, incentivando o ouvinte a manter sua essência em um mundo materialista. Com este lançamento, Diego Petrini reafirma seu talento único e consolida sua posição como um dos grandes nomes da nova geração do gênero.

Julho

Defenders of the Faith – “Odes To The Gods

Cristofer Johnsson, líder da banda Therion, resgatara influências do heavy metal dos anos 1980 em seu novo projeto Defenders of the Faith. O  álbum de estreia, Odes To The Gods, conta com nove faixas. O trabalho tem inspiração em bandas que Johnsson descobriu ainda aos 11 anos, como Accept, Judas Priest, SaxonIron Maiden e Motörhead.

Cada faixa do álbum evoca o auge do heavy metal dos anos 80, com riffs típicos e vocais marcantes. A sonoridade, por vezes, lembra intensamente o som do Accept.

Agosto

Halestorm – “Everest

Everest”, sexto trabalho de estúdio do Halestorm, banda capitaneada pela frontwoman Lzzy Hale, é o sucessor de “Back From the Dead” (2022) e confirma a maturidade da banda. O disco foi produzido por Dave Cobb, nove vezes vencedor do Grammy, em um processo que priorizou espontaneidade e frescor criativo.

A gravação ocorreu em Savannah, Geórgia, em uma casa escolhida por Cobb para afastar a banda da rotina de estúdio e incentivar composições em tempo real, diretamente registradas. O método buscou capturar a energia crua do quarteto. E deu muito certo.

Auri “III – Candles & Beginnings

O trio Auri lançara em meados de agosto o seu terceiro álbum de estúdio, “III – Candles & Beginnings”. Os músicos do Nightwish Tuomas Holopainen e Troy Donockley se uniram à cantora Johanna Kurkela no projeto Auri (esposa de Tuomas).

O grupo já havia lançado outros dois discos (2018 e 2021), ambos pela Nuclear Blast. O material funde folk, música progressiva e sinfônica e incorpora world music, pop e avant-garde, resultando em uma experiência imersiva. O processo criativo teve início em 2023: Donockley trabalhou nas paisagens da Inglaterra, enquanto Holopainen e Kurkela criavam no interior da Finlândia.

Blackbriar – “A Thousand Little Deaths

Finalizando agosto, a Blackbriar lançou o terceiro álbum de estúdio, “A Thousand Little Deaths”. O trabalho mantivera a ótima estética sombria e a narrativa lírica característica do sexteto.

A proposta une romantismo trágico, mistérios e referências literárias. Segundo o selo, o disco se apresenta como um “moderno mergulho na mística gótica”.

O lançamento ainda contou com a notável participação da cantora Dianne van Giersbergen, no vídeo de “Bluebeard’s Chamber”.

Setembro

Arjen Lucassen – “Songs No One Will Hear

Arjen Lucassen, compositor e multi-instrumentista neerlandês, surpreendera este ano ao lançar o álbum solo ‘Songs No One Will Hear’, sem usar a sua marca famosa, a nave-mãe Ayreon.

O álbum apresenta temática apocalíptica. A narrativa imagina um cenário no qual um asteroide colidirá com a Terra em cinco meses. Ele retrata como a humanidade reagiria diante desse iminente fim. A proposta de Lucassen é mostrar personagens que compõem músicas que “ninguém ouvirá”, pois estariam vivenciando os últimos momentos do mundo. A proposta artística reflete não só ambição musical, mas também preocupação com narrativas contemporâneas, desinformação, incertezas tecnológicas, medo coletivo.

Entre os colaboradores do disco estão Floor Jansen (vocalista do Nightwish), sua irmã Irene Jansen, Marcela Bovio (Stream of Passion), Robert Soeterboek e Patty Gurdy. O narrador da história é Mike Mills, do projeto Toehider.

Este álbum marcara o retorno de Lucassen a trabalhos solo após 13 anos, desde Lost In The New Real (2012).

Castle Rat – “The Bestiary

O segundo e estupendo álbum do Castle Rat apresenta um conceito envolvente baseado em criaturas místicas e aventuras épicas. Com 13 faixas, “The Bestiary” é descrito como uma jornada sonora que funde metálicos riffs tradicionais com atmosferas de fantasia, narradas como contos mitológicos.

Cabe aqui destacar a sua ambição narrativa e impacto emocional, integrando-o dentre os lançamentos do cenário metal alternativo e underground em 2025.

Alfa Serenar – “Tecnouveau

Tecnouveau é o quinto álbum do projeto Alfa Serenar, idealizado pelo multi-instrumentista e compositor amapaense Rafael Senra. Fruto de um desenvolvimento minucioso que durou dez anos, o disco apresenta oito faixas, sendo quatro instrumentais e quatro compostas em parceria com o letrista Pablo Gobira. No projeto, Senra demonstra seu virtuosismo ao assumir toda a execução instrumental e vocal da obra.

A sonoridade do álbum é uma fusão sofisticada de rock progressivo, música eletrônica e elementos de música ambiente. Destacam-se as fortes influências do Clube da Esquina e da música Folk/Celta, vertente na qual o autor é um pesquisador reconhecido. Essa mistura confere um caráter único às composições, especialmente nas faixas cantadas, que fogem do lugar comum com arranjos elaborados e linhas de baixo marcantes.

O diferencial de Rafael Senra no cenário progressivo nacional reside justamente na originalidade de integrar a pesquisa acadêmica da música celta às suas raízes brasileiras. O resultado em Tecnouveau é um trabalho de sabor diferenciado e execução impecável, consolidando o Alfa Serenar como um projeto audacioso que equilibra erudição e sensibilidade musical.o fim, sem um pós-vida, partido e deixando apenas um legado, uma sombra, um perfume atemporal.

Robert Plant with Suzi Dan – “Saving Grace

Robert Plant acertou novamente! O etrno frontman do Led Zeppelin, uniu-se à cantora Suzi Dan e lançara seu décimo segundo álbum de estúdio com o novo coletivo Saving Grace, que inclusive dá nome ao disco.

Gravado ao longo de vários anos, o trabalho reúne releituras de composições tradicionais, blues e folk, interpretadas com sensibilidade e criatividade, conectando raízes ancestrais à estética moderna. O projeto simboliza a contínua busca artística de Plant por raízes musicais profundas e narrativas humanas universais, indo além da banda que por décadas o consagrara.

Outubro

Michael Schenker Group Don’t Sell Your Soul

Abramos o mês de outubro com o Michael Schenker Group, que disponibilizou seu mais recente álbum, ‘Don’t Sell Your Soul’.

O novo registro segue como a segunda parte de uma trilogia iniciada com “My Years With UFO“, lançado em 2024. O álbum foi produzido por Michael Schenker e Michael Voss, com participação dos músicos Bodo Schopf (bateria), Barend Courbois (baixo) e Steve Mann (guitarra/teclados). A voz ficou a cargo de Erik Grönwall, que recentemente assumiu os vocais do grupo.

Rhevan – “Winter Confessions

Pela primeira vez em nossas listas, temos um representante do centro-oeste brasileiro. A banda de metal sinfônico Rhevan, de Campo Grande (MS), com o seu terceiro álbum, intitulado ‘Winter Confessions‘.

Winter Confessions desde o seu princípio traz uma ambientação gelada e introspectiva, alinhada ao título e como a capa denota, na imagem de neve. Essa estética temática e climática, remete o ouvinte a um sentimento gótico-gélido, desde o prelúdio que abre o trabalho, “Footprints on the Snow“, que emerge em “2024”, além das cativantes “Iced Heart”, “Cold Truth” e “Slow as the Falling Snow“, sugerem uma abordagem sonora que combina harmonicamente elementos sinfônicos, atmosferas digitais/ambientes e estruturas melódicas típicas do metal com passagens mais progressivas, com transições entre momentos mais épicos e outros mais contidos, com artifícios de arranjos orquestrais ou sintetizadores para reforçar a ambientação. Tudo evidenciado por um conceito unificado que perpassa o disco.

Novembro

Rosalía – “LUX

Após três álbuns e um EP promissores, Rosalia nos brinda com “LUX“; um manifesto poético repleto de luz, sombra e audácia. ROSALÍA prova mais uma vez que é mais do que uma cantora, se apresentando aqui como uma verdadeira arquiteta sonora, que de forma magistral consegue unir o flamenco (sua influencia mais constante) com a música eletrônica, a estética pop, a percussão experimental e até mesmo a música sacra.

LUX é repleto de elementos musicais surpreendentes com ritmos irregulares e hipnóticos, sintetizadores cristalinos, reviravoltas inesperadas e quase surreais. Em alguns momentos quase uma experiência transcendental. Rosalia cria universos onde coexistem dor e êxtase, o sagrado e o profano, o digital e o orgânico.

Dezembro

Lady Z – “One Woman Army

Lady Z é o projeto autoral de Debby Zimmer, uma artista trans e PCD que utiliza sua música como ferramenta de expressão e debate social. Lançado pelo selo Transmútua, o álbum de estreia “One Woman Army” mergulha em temas profundos como o abandono familiar, a negação do afeto e o acolhimento. A sonoridade reflete a integração da “sombra” da artista, resultando em uma linguagem própria que une vivência pessoal e influências musicais clássicas.

O disco apresenta cinco canções inéditas que fundem o blues e as baladas pop das décadas de 70 e 80 com elementos do rock progressivo. Inspirada por ícones como Carole King e Eric Clapton, Debby produziu e gravou a obra em seu próprio estúdio em Ceilândia. Ela assume quase toda a execução musical, tocando guitarras, pianos e órgãos, além de realizar a programação detalhada de baterias a partir de trilhas de músicos renomados.

Lançado oficialmente hoje, 30 de dezembro, o álbum conta com participações especiais de André Gurgel (Protofonia) no baixo e Gustavo Vieira na guitarra. Com uma proposta “atípica” e corajosa, Lady Z se firma no cenário independente com um trabalho que é, ao mesmo tempo, um manifesto político e uma celebração da estética musical vintage, reafirmando o compromisso do selo Transmútua em impulsionar vozes trans e cis na arte.

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